A pressão sobre o Governo para que comece o desconfinamento já no início de março está a aumentar e vem de vários lados. Mas o Executivo insiste que ainda não é tempo para discutir esse cenário.
Uma dúzia de estados de emergência, não fica mais barata a missão do Governo. A melhoria dos números pressiona o Executivo de António Costa para começar a abrir a porta ao desconfinamento, assim como a oposição, a sociedade e a economia.
Esta terça-feira, o Governo e o Presidente da República receberam uma carta aberta assinada por uma centena de pais, professores, médicos, epidemiologistas e investigadores, onde pedem a reabertura urgente e faseada das escolas a começar já no início de março.
A proposta começa pelas creches, pelo pré-escolar e segue com a reabertura gradual do ensino básico com o regresso às aulas do 1,º e 2.º ciclos. Defendem que já ficou claro que as escolas não são contextos relevantes de infeção e propõem medidas para um regresso com segurança.
Entre as medidas, incluem um maior desfasamento dos horários de entrada e saída dos alunos e a realização de rastreios periódicos e testes rápidos de antigénio. Para além disso defendem a vacinação prioritária de professores e auxiliares e o uso obrigatório de máscara a partir dos seis anos.
Mesmo antes de ter recebido a carta, o Governo – que continua a não querer falar de desconfinamento – já admitiu que as escolas serão uma prioridade. A grande questão é quando isso irá acontecer: sabendo que a reabertura das escolas implica uma maior circulação de pessoas e uma multiplicação de contactos, ninguém quer reabrir para ter de voltar a fechar logo depois.
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