Uma centena de médicos, professores, pais e investigadores pediu ao Governo e ao Presidente da República a reabertura urgente das escolas a partir de 1 de março, a começar pelos mais novos e de forma faseada com as devidas precauções.
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, ao ministro da Educação, à ministra da Saúde, aos restantes membros do Governo, e ao Presidente da República, o grupo, do qual faz parte o virologista Pedro Simas, diz ser possível manter as escolas abertas com ensino presencial com as devidas precauções e apontam algumas medidas.
"O que nós tivemos foi um confinamento total, no qual as escolas foram encerradas e isso é das últimas medidas que uma sociedade faz para tentar controlar situações que são catastróficas."
Pedro Simas diz "que até é bom que se comece a desconfinar nas escolas, porque isto tem de ser gradual e feito com muito cuidado".
O virologista aponta várias razões para se começar pelos estabelecimentos de ensino:
- "Em termos epidemiológicos, as crianças são talvez, da faixa etária, aquelas que têm um papel epidemiológico em termos de carga viral menor";
- "As crianças também não são grupo de risco";
- "O facto de (...) poderem libertar os pais para poderem fazer o teletrabalho é muito importante".
O impacto que o fecho das escolas tem numa sociedade, diz Pedro Simas, "é muito grande e o impacto que tem em desconfinar primeiro pelas escolas também é muito grande".
Para concluir, Pedro Simas acredita que Portugal tem "todas as razões para estar otimista, com base no conhecimento", para começar a desconfinar: "Eu acho que vamos desconfinar as escolas brevemente e acho que vamos poder desconfinar outros setores da população antes do final de março".