Em vez de um passaporte de vacinação, a presidente da Comissão Europeia fala num certificado verde para facilitar a circulação de pessoas. O assunto esteve esta quinta-feira em cima da mesa dos líderes europeus, que para já mantêm as restrições às viagens não essenciais. Da videoconferência sai também a necessidade de se acelerar a vacinação.
Entre os líderes europeus há os que defendem um passaporte de vacinação que salve o turismo e os meses de verão e os que ainda têm muitas dúvidas e esperam por provas científicas que garantam que quem foi vacinado não transmite a doença.
Mas há um ponto em que cada vez mais concordam: um certificado para fins médicos reconhecidos mutuamente pelos vários países.
Mas numa altura em que nem todos os europeus têm acesso a uma vacina, procuram-se opções para evitar a discriminação. Cabe a cada país decidir o que exige a quem quer entrar no território, mas a Comissão mostra-se disponível para montar um sistema.
"É importante que o sistema seja neutro para as várias opções políticas. Podem passar a informação de que a pessoa foi vacinada, que tem um teste negativo ou que ultrapassou a covid e é imune", afirmou Von der Leyen.
A comissão avisa que precisa de pelos menos três meses para montar este sistema e diz aos países que se o querem antes do verão, têm também de acelerar o processo. Para já, os 27 concordam em manter as restrições às viagens não essenciais.