Coronavírus

Covid-19. Testagem em massa nas escolas "não nos pode levar a aliviar a responsabilidade individual"

Todas as escolas vão ser incluídas no processo de testagem.

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O diretor executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, considera que devem ser os alunos mais novos a retomar primeiro o ensino presencial, por serem os que estão numa fase mais determinantes da aprendizagem.

"É inegável que os alunos mais novos estão em fases determinantes do seu bem estar académico futuro e portanto estes começarem primeiro. Além do alívio que é para as famílias, porque são menos autónomos, é muito importante do ponto de vista educativo."

Rodrigo Queiroz e Melo considera ainda que a testagem em massa nas escolas não deve ser motivo para o alívio do cumprimento das medidas sanitárias.

Todas as escolas vão ser incluídas no processo de testagem

O Governo anunciou esta quarta-feira à noite que o processo de testagem vai acontecer em todos os estabelecimentos de educação e ensino, incluindo os privados.

É uma medida adicional para combater a pandemia e permitir o regresso às aulas que vai ser articulada entre o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Vacinação: professores entram e doentes da fase 2 descem na prioridade

Os professores e o pessoal não docente foram incluídos pela Direção-Geral da saúde (DGS) no grupo dos prioritários da fase 1 para a vacina contra a covid-19.

Do pré-escolar ao ensino secundário, do público, privado ou cooperado, há vacinas da Astrazeneca para 150 mil professores e outros milhares de funcionários das escolas. 500 mil vacinas estão destinadas a pessoas com trissomia 21.

Os professores passarão, assim, à frente dos doentes considerados como prioritários na fase dois. O coordenador da task force, o vice-almirante Gouveia e Melo, defende que a vacinação foi decidida com base na necessidade de manter a resiliência do Estado.

No entanto, os especialistas alertam para a importância de continuar a proteger primeiro os grupos de risco, evitando mortes e a sobrecarga dos cuidados intensivos.

A norma da Direção-Geral da Saúde, que prevê a prioridade na vacinação para os professores, deixa claro que: "Enquanto a disponibilidade das vacinas for limitada, com o objetivo de salvar vidas, a vacinação dentro de cada grupo da Fase 1 deve ser priorizada para quem mais dela beneficia"

Se a regra for cumprida, os professores só deverão começar a receber a vacina depois de vacinados todos os que têm de 80 anos ou os maiores de 50 com comorbilidades consideradas de risco. Porém, passarão à frente dos doentes que foram considerados como prioritários na fase dois: à frente dos diabéticos, dos obesos ou dos doentes com cancro, por exemplo.