Fernando Almeida, coordenador da task force para o plano de testagem em massa e presidente do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, considera que é "ainda preliminar" falar em conclusões, depois da reunião desta quinta-feira do grupo de trabalho para definir a estratégia de testes em Portugal.
No entanto, em entrevista à SIC Notícias, adianta que o encontro foi importante para "ouvir as pessoas" e perceber "o que sentem". "Vamos ter de trabalhar muito mais, afincadamente", acrescenta.
O responsável garante que o objetivo é promover a testagem, como uma "jogada de antecipação com algum critério". Mas realça que testar "só por testar" é o critério que não querem usar.
"Aquilo que estamos a pensar em termos de metas é perceber as condições epidemiológicas em cada momento, em cada local e em cada situação", explica.
Como exemplo, fala em cinco casos num concelho de 2.500 habitantes: "Se forem da mesma família, temos de ter um determinado tipo de procedimento, mas se forem casos de cinco famílias diferentes, muda todo o significado".
"A meta é: anteciparmo-nos ao vírus", garante.
"Até agora o vírus esteve a comandar-nos, agora vamos tentar ultrapassá-lo", acrescenta, explicando que se vai tratar de uma testagem "participativa e inclusiva".
Na Edição da Noite, lembrou que os testes PCR são os mais seguros e recomendados. No entanto, diz que vão ser utilizados todos os testes que forem possíveis e que derem garantias de fiabilidade. E acrescenta que os testes serológicos não devem ser utilizados neste tipo de testagem em massa.
O coordenador da task force para o plano de testagem em massa avança ainda que já está a decorrer o segundo Inquérito Serológico Nacional e que os dados preliminares devem ser conhecidos no próximo mês.
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