Mário Centeno recusa estender indiscriminadamente as moratórias de crédito por temer um efeito negativo nos bancos, nas famílias e nas empresas. Em audição no parlamento, o governador do Banco de Portugal desvalorizou o impacto das moratórias privadas - que terminam esta quarta-feira - e disse que solução está dentro dos bancos.
Vão extinguir-se as moratórias existentes em empréstimos à habitação de quase 4 mil milhões de euros, enquadradas no regime definido pela Associação Portuguesa de Bancos. Há ainda mais 13 mil milhões de euros em crédito à habitação sob moratória, enquadradas no regime legal criado pelo Governo, que vão até setembro.
O governador do Banco de Portugal sublinhou ainda que as respostas para eventuais problemas com a retoma das prestações devem ser encontradas dentro dos bancos, caso a caso.
De acordo com dados apresentados à comissão de Orçamento e Finanças, desde junho que o crédito hipotecário em moratória privada caiu cerca de 2 mil milhões de euros.