Quem já esteve infetado com covid-19 ou foi vacinado pode ter desenvolvido anticorpos contra a doença que durem a vida toda, ou pelo menos, vários anos. São conclusões animadoras de um estudo científico da Universidade de Washington publicado na revista Nature e explicado pelo imunologista Henrique Veiga Fernandes.
Os investigadores detetaram em pessoas que recuperaram da doença células protetoras na medula óssea e que permanecem durante meses no organismo ou até mesmo para sempre.
É a primeira vez que um estudo deteta estes tipo de células plasmáticas de vida longa - as chamadas células B de memória- que podem voltar a ser ativadas numa nova infeção.
O estudo demonstrou ainda que o nível de anticorpos cai abrutamente quatro meses após a infeção, mas pela primeira vez é demonstrada que o sistema imunitário tem capacidade para produzir mais anticorpos se for necessário.
Uma boa notícia para a imunidade de longa duração e para as vacinas em especial as que utilizam a tecnologia de mRNA - que também foram capazes de produzir este tipo de células.