A Direção-Geral da Saúde ainda não revelou os resultados dos espetáculos teste realizados há mais de um mês. O atraso deve-se a um erro informático, mas agora as preocupações do setor centram-se nas novas indicações da DGS, que obrigam à testagem do público nos espetáculos.
O último de quatro testes piloto realizados para avaliar a possibilidade de alargar a lotação nos espetáculos em Portugal ocupou o Campo Pequeno, em Lisboa, a 10 de maio. Todos os espectadores e profissionais foram testados e só podiam entrar depois de apresentarem um resultado negativo.
Dos mais de 2.100 testes feitos em Braga, Coimbra e Lisboa, não foram registados casos positivos à covid-19. Um resultado animador para o setor que continua à espera das conclusões da experiência, que a Direção Geral da Saúde prometeu para 14 dias depois dos eventos que se realizaram há mais de um mês.
O atraso deve-se a um erro informático que obrigou a organização a enviar novamente os dados recolhidos pela Cruz Vermelha no local.
Ainda assim, a preocupação do setor centra-se agora no anúncio de que em eventos culturais num espaço fechado para mais de 500 pessoas ou num espaço aberto para mais de mil todos os espetadores terão de ser testados.
Estima-se que a cultura empregue mais de 160 mil pessoas em Portugal. Só em 2020, o impacto da pandemia provocou perdas superiores a 70%.