Vinte cinco farmácias pediram para sair do programa de testes rápidos à covid-19 comparticipados pelo Governo.
A Ordem dos Farmacêuticos fala em vários problemas informáticos que dificultam a faturação: "as soluções informáticas, que estão agora a conseguir estar resolvidas, não estiveram durante este tempo", diz Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, em entrevista à SIC Notícias.
Também ainda não existe forma de saber se os utentes são elegíveis, por isso, na hora do teste, está a ser-lhes pedido que assinem um compromisso de honra. O Estado oferece quatro testes rápidos antigénio a cada português, todos os meses, e "é preciso garantir que não se faz mais de quatro teste" à mesma pessoa.
"O facto de não termos as soluções informáticas preparadas, na altura em que lançámos o projeto, tem dificultado a vida às farmácias."
O valor encontrado para a comparticipação destes testes, os "tais 10 euros", para muitas farmácias "é uma opção entre fazer isto ou continuar a fazer os testes para as autarquias, que são a 15 euros". Ana Paula Martins acrescenta ainda que há farmácias que estão a absorver algum do trabalho dos centros de saúde, como a medição de pressão arterial, por exemplo, por estarem sobrecarregados com a vacinação. A bastonária explica que se a farmácia tiver apenas um gabinete, torna a logística complicada de gerir.
Atualmente, em todo o país, só cerca de 150 farmácias fazem testes comparticipados. Fora dos beneficiários fica quem já concluiu a vacinação ou recuperou da covid-19 há menos de meio ano. Também os menores de 12 anos ficam de fora.