O procurador-geral do Brasil decidiu abrir uma investigação preliminar à gestão da pandemia no país feita por Jair Bolsonaro. Depois de receber o relatório da comissão parlamentar de inquérito, que aponta vários crimes de que o Presidente é suspeito, o procurador tomou a decisão.
O relatório final da comissão parlamentar de inquérito chegou às mãos de Augusto Aras esta semana. A abertura de uma investigação por parte do procurador geral era o passo seguinte aguardado por todos.
A versão final do relatório da comissão parlamentar de inquérito tem mais de 1.200 páginas indiciando, entre outros, Jair Bolsonaro pela prática de nove crimes. O chefe de Estado é acusado por exemplo de charlatanismo, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
Jair Bolsonaro é apontado como um dos responsáveis de boa parte das mais de 600 mil mortes por causa do coronavírus. Por defender ainda hoje medicamentos sem eficácia, por ter agido devagar demais contra o que no início chamava de “gripezinha”.
Bolsonaro ainda hoje jura que não vai tomar a vacina, critica os estados que a declaram obrigatória e ainda esta semana foi suspenso do Youtube por citar um suposto estudo inglês que garante quem toma a vacina contra a covid pode contrair o vírus da sida.
Entre a lista da comissão parlamentar de inquérito estão também alguns dos ministros do Governo de Jair Bolsonaro e os filhos do presidente. Nas ruas, os brasileiros desconfiam que este relatório há de ficar numa gaveta para sempre.
Com mais de 600 mil mortes e quase 22 milhões de infetados, o Brasil é, em números absolutos, um dos três países mais afetados pela pandemia no mundo, ao lado dos Estados Unidos e da Índia.
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