A nova variante Ómicron do novo coronavírus foi descoberta por uma cientista portuguesa que está a viver na África do Sul. Raquel Viana identificou a Ómicron a 19 de novembro em Joanesburgo.
Num espaço de tempo de duas semanas, a variante Ómicron já estava instalada em 38 países da Ásia, Europa, América e África.
Raquel Viana detetou a nova variante depois de examinar oito amostras.
"Parecia que tinha mutações da Alfa; tinha algumas mutações que nós tínham visto em Gama; alguns de nós tínhamos visto em Beta; e alguns de nós tínhamos visto em Delta", indica a cientista portuguesa.
Depois da confirmação, as autoridades de saúde foram rapidamente avisadas.
A investigadora adianta que esta variante é de rápida propagação, com mais de 30 mutações, inclusive a proteína S, a responsável pela infeção das células.
Semanas depois da descoberta, a comunidade científica tenta perceber os sintomas e o impacto da doença. Raquel Viana aponta para sinais como "dor de garganta e algumas pessoas apresentam febre". Contudo, os dados a respeito desta variante ainda estão a ser recolhidos e examinados.
A investigadora portuguesa vai publicar em breve um artigo científico sobre a variante Ómicron.
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