Coronavírus

OMS pede que se cancelem eventos de Natal

Com o avanço da variante Ómicron, diretor-geral diz que é necessário tomar decisões difíceis 

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A poucos dias do Natal a mensagem da OMS é clara: "Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada. É melhor cancelar agora e celebrar depois do que celebrar agora e chorar depois" afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

A Organização Mundial de Saúde considera ainda insensato concluir que a Ómicron é uma variante mais branda, em sintonia com o que tem defendido o principal epidemiologista da Casa Branca. Anthony Fauci está preocupado com as viagens da época festiva, sobretudo tendo em conta a transmissibilidade elevada da nova variante.

ÓMICRON NO MUNDO

A Ómicron representa já 96% dos novos casos em três estados norte-americanos. No espaço de uma semana ganhou terreno no país e já é dominante. Joe Biden insiste na vacinação como principal arma de combate ao vírus e promete endurecer o discurso dirigido aos não vacinados.

No mesmo argumento tem insistido o governo britânico que enfrenta não só uma série de polémicas que envolvem o primeiro-ministro, mas também uma escalada de novas infeções. Nas últimas 24 horas o Reino Unido registou mais de 91 mil casos, o segundo valor mais alto desde o início da pandemia, numa altura em que é quase certa a aprovação de novas restrições ainda antes do Natal.

Sem hesitações, vários países já avançaram com novas medidas para travar o avanço da nova variante: a Irlanda impôs toque de recolher para pubs e bares e limite de pessoas em eventos. França proibiu concertos e as celebrações do fim do ano e aplicou, ainda, restrições aos viajantes do Reino Unido. O mesmo fez a Alemanha que está a considerar impor restrições às reuniões sociais a partir de 28 de dezembro. Já a Nova Zelândia decidiu adiar o plano de reabertura das fronteiras sem quarentena.

Na Austrália, apesar do aumento de casos, o primeiro ministro descarta o regresso aos confinamentos. Ainda assim, convocou uma reunião informal para avaliar a situação. Em cima da mesa pode estar a redução do intervalo entre a segunda dose da vacina e a dose de reforço, de seis para quatro meses