A testagem em massa é uma das apostas da China no combate à covid-19. A outra é o confinamento.
No início desta semana, os habitantes da cidade de Yuzhou, na província de Henan, foram expressamente proibidos de sair de casa, podem fazê-lo apenas para se dirigirem aos centros de testes. A decisão, surgiu depois de terem sido detetados três casos de positivos assintomáticos.
Os 1,2 milhões de residentes desta cidade juntam-se aos 13 milhões de Xi’an, a cerca de 500 quilómetros, onde o mesmo processo começou a 23 de dezembro.
A cidade enfrenta o maior confinamento desde Wuhan, onde os habitantes foram os primeiros do mundo a ficar em isolamento total, no início de 2020.
A medida, está a provocar frustração entre os cidadãos que se queixam de não ter acesso a cuidados de saúde ou a comida.
Na semana passada foi conhecido o caso de um homem que foi espancado por seguranças municipais, junto a um complexo residencial, enquanto tentava chegar a casa com um saco de pão.
Entretanto, as autoridades já vieram garantir a entrega de bens alimentares aos habitantes, mas não se sabe ao certo se estes estão a chegar a todos.
A China, tem mantido a política de zero casos de Covid-19, mesmo com a taxa de vacinação acima dos 80%. A vigilância da doença tem sido redobrada em parte, porque qualquer surto poderá pôr em causa a eficácia das vacinas chinesas e, por outro lado, porque o país prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de Inverno, já em fevereiro.
Iryna Shev
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