Coronavírus

Covid-19: certificados de vacinação falsos vendidos no Rio de Janeiro por 30 euros

Polícia deteve esta sexta-feira quatro homens que vendiam certificados de vacinação falsos.

Covid-19: certificados de vacinação falsos vendidos no Rio de Janeiro por 30 euros

Certificados de vacinação contra a covid-19 falsos são vendidos em ruas do estado brasileiro do Rio de Janeiro, em plena luz do dia, por até 200 reais (cerca de 30 euros), segundo uma reportagem da rede Globo.

Com uma câmara de filmar oculta, a equipa de reportagem da Globo captou em flagrante um vendedor a negociar o certificado de vacinação, necessário para a entrada em locais fechados, como restaurantes, bares, casas de espetáculos, entre outros.

“Cartão de vacina, meu amigo, estou vendendo a 200 reais aí. Vem em branco, assim”, apregoou o homem, exibindo o cartão e aconselhando o comprador a preencher os seus dados pessoais no documento.

De acordo com o homem, o certificado é o mesmo dado nos postos de saúde do Brasil, assegurando que nenhum dos seus clientes teve problemas com os cartões falsificados.

“Na semana passada, uma menina pegou 10 [certificados] comigo. (…) Ela não estava fazendo questão de os funcionários dela tomar a vacina, então ela mesmo comprou dez para dar aos funcionários dela”, contou o vendedor à equipa de reportagem, sem saber que estava a ser filmado.

De acordo com o portal de notícias G1, agentes da Polícia detiveram esta sexta-feira quatro homens que vendiam certificados de vacinação falsos próximo ao Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AquaRio), na zona portuária do Rio de Janeiro e um ponto turísticos da região.

A exigência de certificado de vacinação contra a covid-19 para possibilitar a entrada em locais fechados é apoiada por 81% dos brasileiros, segundo uma sondagem divulgada na segunda-feira pelo Instituto Datafolha.

Ainda segundo o levantamento, 18% são contra a exigência do certificado e 1% não soube responder.

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que alega que não está vacinado contra a covid-19, é contra a exigência do certificado de vacinação, já adotado em diversas regiões do país.

Apesar da posição do chefe de Estado, o executivo brasileiro exige a apresentação do certificado de vacinação contra a covid-19, assim como um teste negativo à doença, para a entrada de viajantes no país por via aérea.