Coronavírus

Segurança será fator ainda mais decisivo para escolher destino de férias no pós-pandemia

Estudo português indica como mudaram os hábitos dos turistas durante a pandemia.

Segurança será fator ainda mais decisivo para escolher destino de férias no pós-pandemia

A segurança será um aspeto ainda mais decisivo para a escolha do destino de férias após a pandemia de covid-19, revelou um estudo de investigadoras da Universidade de Coimbra.

As autoras adiantaram que a pandemia de covid-19 teve um efeito muito significativo na perceção de segurança para a prática das várias atividades turísticas.

“Em termos globais, os turistas indicam uma perceção de risco mais elevada para a prática de todas as atividades turísticas e de lazer, destacando-se as praticadas em espaços fechados ou de dimensão reduzida, ou seja, com maior aglomeração de pessoas, principalmente os parques de diversões ou temáticos, concertos e espetáculos, eventos desportivos, centros urbanos/históricos, compras em centros e ruas comerciais, casinos e casas de jogo, discotecas e locais de entretenimento noturno”.

Por outro lado, atividades ligadas à natureza, como a prática desportiva ou deslocações a praias oceânicas e fluviais, “apesar do impacto negativo da pandemia, são, ainda assim, consideradas atividades menos inseguras”.

Visitas a galerias de arte, museus e monumentos e a ida a restaurantes “são igualmente atividades consideradas menos inseguras, apesar da perceção de segurança na sua prática ter-se reduzido após a pandemia”.

O estudo envolveu 320 turistas que visitaram a região Centro ao longo de sete meses – entre novembro de 2020 e maio de 2021 – na maioria (98,4%) de nacionalidade portuguesa.

Antes da pandemia, o alojamento mais utilizado pelos inquiridos era o hotel (23,8%), seguido de casa de amigos e familiares (18,8%), alojamento local (16,6%) e turismo em espaço rural (12,2%) mas com a covid-19 “a situação alterou-se”.

“A maioria dos participantes no estudo prefere agora a casa própria, o alojamento local e casas de amigos e familiares, confirmando a importância do turismo doméstico nesta fase de incerteza”.

Já o hotel, “que antes era o tipo de alojamento preferido pelos turistas, após a pandemia passa a ser menos indicado”.

Ao nível dos transportes utilizados para a deslocação para destinos de férias dentro do país, “o carro próprio continua a ser o meio preferido, mas após a pandemia com muito maior expressão do que o avião ou o comboio”.

Assim, face ao contexto pandémico, o estudo previu que “os destinos de natureza e sem grandes aglomerados de pessoas, onde os viajantes podem encontrar pequenas unidades hoteleiras e conseguem chegar no seu carro próprio, deverão tornar-se os locais mais procurados pelos turistas numa era pós-covid-19”.