Portugal registou nas últimas 24 horas mais 47.199 casos e 50 mortes associadas à covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da DGS divulgado esta sexta-feira.
Já os internamentos subiram. Estão hospitalizados 2.445doentes (mais 5), dos quais 174 (mais 19) em unidades de Cuidados Intensivos.
Nas últimas 24 horas, mais de 46.469 mil pessoas recuperaram da doença, fazendo subir para 2.180.109 o número total desde o início da pandemia no país.
Ainda de acordo com o relatório da DGS estão em isolamento 1.303.140 pessoas: 642.793 casos ativos (mais 680) e 660.347 contactos sob vigilância (mais 7.285).
Com esta atualização, Portugal contabiliza um total de 2.843.029 casos confirmados e 20.127 mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
Já se encontra disponível o Relatório de 4 de fevereiro da Situação Epidemiológica em Portugal da COVID-19 e respetiva Matriz de Risco. Mais informações em https://t.co/wL6izbnJdu#SejaUmAgenteDeSaúdePública #EstamosOn #COVID19PT #DGS #INSA #InstitutoRicardoJorge #Saúde #SNS pic.twitter.com/Gd3zLwmyhQ
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) February 4, 2022
Incidência e R(t)
A matriz de risco atualizada esta sexta-feira pela DGS dá conta de um aumento da incidência, mas, por outro lado, o R(t) desceu.
A incidência voltou a atingir um novo máximo desde o início da pandemia, sendo atualmente de 7.163,7 casos por 100 mil habitantes a nível nacional, e de 7.207,0 casos por 100 mil habitantes no continente.
Na última atualização, divulgada pela DGS na quarta-feira, a incidência era de 7.081,7 casos a nível nacional e de 7.111,8 casos no continente.
Já o índice de transmissibilidade (Rt) – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – diminuiu. O R(t) é agora de 1,05 a nível nacional e também no continente. Na última atualização era de 1,09 a nível nacional e de 1,10 no continente.
Portugal ultrapassou os 35 milhões de testes à covid-19
Portugal ultrapassou esta semana os 35 milhões de testes de deteção da covid-19 realizados desde o início da pandemia, anunciou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), esclarecendo que este número não inclui autotestes.
O INSA assinala, em comunicado, que a marca dos 35 milhões foi alcançada na terça-feira e que o mês de janeiro marcou um recorde ao nível da testagem, com aproximadamente oito milhões de testes à covid-19 efetuados (2,4 milhões de testes PCR e perto de 5,6 milhões de testes rápidos de antigénio), cerca de 257 mil testes por dia.
Os 35 milhões de testes realizados desde marco de 2020 distribuem-se por cerca de 19,2 milhões de testes PCR e 15,9 milhões de testes rápidos de antigénio (TRAg).
DGS admite fim do isolamento para casos assintomáticos
A diretora-geral da Saúde admitiu esta quinta-feira a possibilidade do fim do isolamento para os casos positivos de covid-19 assintomáticos. Graças Freitas coloca também a hipótese do uso de máscara ser exigido apenas em situações de maior risco. Estas questões estão a ser avaliadas pela comunidade científica.
Graça Freitas, em relação à dispensa de isolamento, explica que é “para os casos positivos, para os doentes, não. Os doentes continuam a ter direito ao isolamento, estão no auge da transmissibilidade”, afirmou em entrevista à CNN Portugal, acrescentado que pode “haver uma redução dos dias de isolamento”, assim como “outras medidas para os contactos”.
No entanto, Graça Freitas diz estar a ser “cautelosa” e que o desenvolvimento da situação da pandemia em Portugal vai condicionar a evolução do alívio das restrições. A diretora-geral da Saúde alerta que “não se pode deixar de repente todas as medidas para reduzir a transmissibilidade”.
Infetados com a variante Ómicron correm menor risco de internamento
As pessoas infetadas com a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, concluiu um estudo da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
“Por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior.”
O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer.
Estes resultados vêm confirmar o que já era apontado pelos especialistas, de que a variante Ómicron é menos grave que a Delta. Ainda assim, a Ómicron está associada a uma “maior capacidade de escapar parcialmente à proteção do esquema vacinal completo e a uma elevada transmissibilidade”.
Isto significa que, mesmo com redução de gravidade, pode existir risco de sobrecarga do sistema de saúde, informa a DGS, apelando, por isso, à vacinação e à testagem regular.