O absentismo escolar e laboral vai manter-se elevado nas próximas semanas. Segundo o relatório das linhas vermelhas, a atividade epidémica é ainda acentuada e a linhagem BA.1 da variante Ómicron é dominante em Portugal.
A situação pandémica no país e o consequente isolamento são responsáveis por muitas faltas nas escolas e no trabalho. Nas próximas semanas, deve manter-se o absentismo porque, apesar de uma tendência decrescente em todas as regiões do país, o vírus mantém uma elevada atividade, com pressão nos serviços de saúde e na mortalidade.
Segundo o relatório das linhas vermelhas relativo aos últimos 14 dias, registaram-se 63 mortos por milhão de habitantes e, nos cuidados intensivos, a ocupação foi de 66%.
A linhagem BA.1 da variante Ómicron é ainda dominante, mas tem vindo a dar espaço à mais recente linhagem, a BA.2, que tem aumentado progressivamente a circulação.
A percentagem de testes positivos foi de 18,3%, menos do que na semana anterior e muito mais do os 4% definidos como limiar.
Mesmo com a descida do índice de transmissibilidade, inferior ao limite de um, os especialistas recomendam que se mantenham as medidas de proteção individual e a intensificação das vacinas, que comprovadamente diminuem o risco de internamento e morte.
Em quem tem mais de 80 anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por covid-19 para quase seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo.
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