A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou esta sexta-feira, em simultâneo, o boletim epidemiológico semanal e o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas. As novas infeções continuam a diminuir, mas os internamentos e mortes subiram esta semana. O Rt mantém-se abaixo de 1 em todas as regiões, à exceção do Norte.
Portugal identificou esta semana 70.111 novos casos de covid-19 (menos 5.169 em comparação com a semana passada”. Por regiões foi a de Lisboa e Vale do Tejo a que reportou mais infeções (26.739), segue-se o Norte (13.899), o Centro (13.109), e mais atrás o Alentejo (4.641), o Algarve (4.621) e as ilhas da Madeira (4.739) e os Açores (2.363). É de salientar, porém, uma descida no número total de casos confirmados em todas as regiões, à exceção do Norte (mais 551) e dos Açores (mais 140).
No início desta semana estavam hospitalizadas 1.180 pessoas, mais 16 do que na semana anterior, sendo que destas 61 (menos três) estão internadas em unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Recorde-se que, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório.
Também o número de mortes – 148 esta semana – é superior (mais oito) ao registado na semana anterior, tendo sido o Centro a região que registou mais óbitos (nove no total).
Região Norte, a exceção
Esta sexta-feira, como habitualmente, foi publicado o relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas e que indica que o índice de transmissibilidade (Rt) apresenta “um valor inferior a 1 a nível nacional (0,97) e em todas as regiões do Continente à exceção da região Norte”, apesar de indicar “uma tendência decrescente”.
Destaque também para a linhagem BA.2 da variante Ómicron que não só continua a ser “dominante em Portugal” como aumentou, esta semana, a frequência relativa de 89% (na semana passada) para 95%.
O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes foi de 681 casos (abaixo dos 731 da semana passada), com “tendência decrescente a nível nacional e nas regiões do Centro, Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo, e estável nas restantes“.
Na análise dos diferentes indicadores, DGS e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) concluem que a epidemia de covid-19 mantém “uma transmissibilidade muito elevada, embora com ligeiro decréscimo” e o “impacto na mortalidade geral é reduzido, não obstante a mortalidade específica (…) se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)”.
Vacinação: alteração ligeira na faixa dos 18-24 anos
No que diz respeito à vacinação, esta semana, é de assinalar o facto de ter aumentado ligeiramente de 29 para 31% a percentagem de jovens entre os 12 e os 17 anos que completaram a vacinação e de na faixa dos 18 aos 24 anos ter subido de 97 para 98% a percentagem de pessoas que concluíram a vacinação e de 41 para 42% a percentagem dos que têm agora a dose de reforço.
Nas restantes faixas etárias não se registaram quaisquer alterações em comparação com a semana passada.
Já se encontra disponível o Relatório de Situação Semanal de 1 de abril da COVID-19, referente ao período entre os dias 22 e 28 de março.
— Instituto Ricardo Jorge (@irj_pt) April 1, 2022
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