Termina esta sexta-feira o segundo período de aulas e o próximo pode arrancar já sem o uso obrigatório de máscara. Escolas e psicólogos alertam para possíveis alterações no comportamento dos jovens provocadas pela pandemia.
Usar a máscara dentro das salas de aula e desinfetar as mãos à entrada da escola tornou-se um hábito para os alunos que, pelo menos até 18 de abril, terão que manter. No contexto escolar, o ensino à distância foi a grande alteração e pode ter deixado marcas, revelam os psicólogos.
Segundo a Ordem, uma em cada cinco crianças manifesta alterações de comportamento provocadas pela pandemia.
“As crianças que já tinham dificuldade em manter a atenção, isso agravou-se porque as tecnologias têm muito estímulos, são muito rápidas, há estimulo visual, há estimulo auditivo (…) quando estamos numa sala, as coisas são mais calmas e é difícil as crianças manterem essa concentração quando estão perante o professor”, disse Rute Martinho, psicóloga educacional.
Falta de concentração, ansiedade, irritabilidade e frustração são as queixas que as escolas e os psicólogos mais têm recebido.
Daí que, com “mais crianças a solicitarem este apoio e com mais professores também a pedirem ajuda de como lidar com os alunos e com estes novos desafios do pós-pandemia”, a profissional considere “necessário reforçar as equipas do serviço de psicologia dos agrupamentos”.
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