Coronavírus

Covid-19: pandemia com tendência estável, ilhas e região de Lisboa são exceções

O nível do Rt desceu, “o que indica uma estabilização da tendência”.

Covid-19: pandemia com tendência estável, ilhas e região de Lisboa são exceções

O relatório semanal de Monitorização das Linhas Vermelhas, divulgado esta sexta-feira pela Direção-geral da Saúde (SNS) e pelo Instituto Doutor Ricardo Jorge (INSA), indica uma inversão da tendência registada nas últimas semanas. Apesar de a incidência ser ainda considerada “muito elevada”, os indicadores são animadores. Disso mesmo dá conta o relatório semanal da DGS: os novos casos e óbitos diminuíram na última semana.

Numa semana em que Portugal registou o maior número de mortes associadas ao SARS-CoV-2 desde fevereiro, o relatório semanal da DGS dá boas notícias. Na semana de 24 e 30 de maio, o número de novos contágios diminuiu, à exceção da regiões de Lisboa e das ilhas.

Do total de 175.766 infeções (menos 11.750 em comparação com a semana anterior), a maioria foi registada nas regiões de Lisboa (67.158), do Norte (59.685) e do Centro (25.911). Mais distantes, seguem-se as regiões do Alentejo (7.236), Açores (6.376), Algarve (5.972) e a Madeira (3.428).

Também as mortes diminuíram na semana em análise. Na última semana de maio registaram 220 óbitos (menos 12 do que na semana anterior), a maioria (83) na região Norte.

Em sentido inverso, aumentou o número de doentes internados. No início da semana estavam 2.092 pessoas hospitalizadas (mais 250), das quais 107 (mais oito) em unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

Pandemia inverte tendência

O número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, “foi de 1.707 casos, com tendência estável a nível nacional”, à exceção das ilhas e da região de Lisboa e Vale do Tejo que apresentam uma “tendência crescente”. No mesmo sentido, o índice de transmissibilidade (Rt) tem agora um “valor igual a 1 a nível nacional (1,00), o que indica uma estabilização da tendência“.

Ainda assim, há indicadores que preocupam: o número de internados em UCI no Continente revelou uma “tendência crescente, correspondendo a 42,0% (…) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”; e também a mortalidade específica apresenta “uma tendência crescente.

Sobre as variantes, a linhagem BA.5 da variante Ómicron continua a ser “a dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 87% no dia 30 de maio de 2022”.

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