A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com a propagação de casos de covid-19 na China.
Num país com mais de mil 425 milhões de habitantes, o número oficial de mortos por covid-19 desde o levantamento das restrições mais draconianas da política de tolerância zero não chega a 10.
As dúvidas adensaram-se com as evidências de uma vaga de infeções sem precedentes.
Vários crematórios admitiram estar sobrecarregados devido a casos de covid-19.
Nos hospitais, os médicos não escondem a pressão crescente sobre os serviços e a gravidade dos prognósticos.
Uma explicação prosaica denuncia a incoerência entre a realidade observada e os números oficiais.
As vítimas com doenças preexistentes deixaram de ser contabilizadas como mortes por covid-19.
Estimativas avançadas por grupos de estudo deixam um número alarmante. As vagas de novos casos podem matar mais de 2 milhões de residentes na China.
A falta de transparência das autoridades chinesas alarma a OMS.
A China não está sozinha na subida de novos casos, mas tem a fragilidade de 3 anos de política covid zero que não apostou devidamente na vacinação.
Nos EUA, a inoculação tem limitado a mortalidade pelo SARS-CoV-2, mas a chamada tripla pandemia que soma à covid, a gripe e o vírus sincicial respiratório está já a gerar pressão hospitalar e a ditar a falta de camas.