Cerca de 90% dos inquiridos num estudo para o jornal Expresso sobre a Covid-19 consideram que a pandemia prejudicou a saúde mental e o aproveitamento escolar.
Mais de 1.000 pessoas, todas maiores de idade, participaram numa sondagem para o jornal Expresso sobre a pandemia e os impactos sociais e comportamentais da doença em Portugal Continental. Entre os participantes, 46% são homens, 54% mulheres.
O estudo revela que a covid-19 teve impacto na saúde mental dos portugueses. É a conclusão da maioria (91%) dos entrevistados. Quase metade (42%) ficou com sequelas: 28% desenvolveu ansiedade, 18% irritabilidade.
Dos lesados, a grande maioria não fez de nada para cuidar da saúde mental. Limitou-se a esperar que passasse.
Os impactos na educação também foram analisados. Dos inquiridos com filhos em idade escolar, mais de 70% garantem que a qualidade de aprendizagem e aproveitamento foi prejudicada.
Metade dos entrevistados desenvolveram covid-19, a maioria apenas uma vez. Perto de 50% conseguiu tratá-la em casa, sobretudo quem tinha menos de 65 anos. Mais de metade dos inquiridos desenvolveu a doença no ano passado.
Dos que participaram no estudo, 95% quis tomar a vacina. Os restantes dizem que não acreditam nos benefícios e que têm receio das complicações.