Um estudo que acompanhou quase três milhões de mulheres suecas, dos 12 aos 74 anos, entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2022, concluiu que não é possível relacionar a vacinação contra a covid-19 com alterações na menstruação.
A investigação foi realizada por peritos da Agência Sueca de Produtos Médicos. Os investigadores indicam que não se verificaram mais contactos com médicos por queixas relacionadas com mudanças menstruais após a administração da vacina.
No caso das mulheres na menopausa, foi detetado um ligeiro aumento do surgimento de hemorragias depois da toma da terceira dose da Pfizer ou da Moderna, mas o mesmo não se verificou com a AstraZeneca. Por isso, refere o estudo, estes dados não permitem estabelecer uma ligação entre a vacinação e estas hemorragias.
O trabalho foi motivado por relatos, em vários países, de que mulheres tinham verificado perturbações na menstruação depois de serem imunizadas contra o coronavírus.
Tanto que a Agência Europeia do Medicamento chegou a recomendar que se incluísse como possível efeito secundário das vacinas, de frequência desconhecida, uma hemorragia menstrual excessiva.