A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu esta sexta-feira aos países a manterem a vigilância da covid-19 face à ameaça das novas estirpes EG.5 e BA.2.86 do coronavírus SARS-CoV-2, derivadas da variante Ómicron.
Na habitual conferência de imprensa na sede da organização, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou aos países para que continuem a informar sobre o estado epidemiológico da covid-19 para que a entidade possa "aconselhá-los sobre o risco das novas variantes EG.5 [já classificada de interesse] e BA.2.86 [classificada como sob monitorização]".
Ghebreyesus alertou, sem especificar razões, para o "aumento de hospitalizações, internamentos nas unidades de cuidados intensivos e mortes em alguns países".
Em julho, a OMS advertiu que a estirpe EG.5, comunicada pela primeira vez em fevereiro e já identificada em vários países, como Portugal, poderia provocar "um aumento na incidência" de infeções e "tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo".
A entidade justificou o alerta com o facto de esta linhagem, resultante da sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 da variante Ómicron, apresentar "características que escapam aos anticorpos" e estar em "vantagem de crescimento".
Contudo, a OMS ressalvou que o risco para a saúde global que a variante representava era baixo.