O número de casos de covid-19 parece estar a estabilizar depois do surto no início do verão. Ainda assim, os especialistas apontam para a importância da vacinação, sobretudo, na população mais idosa.
Embora já não seja uma emergência de saúde pública global, o vírus não desapareceu. Vinte e nove novos casos e seis mortes por dia durante este mês são os dados do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Nós temos que considerar que a OMS está a reportar números relacionados com o mundo inteiro. E as várias regiões do mundo têm situações diferentes em relação à covid-19. Em concreto, na Europa a situação neste momento não é preocupante depois do pico que nós tivemos no começo do verão. Mas isso não significa que na Europa não haja necessidade de haver uma vigilância e uma cautela", explica Tiago Correia, professor de saúde pública global.
A covid-19 e o calor será um das principais causas do aumento da mortalidade registado em Portugal nos primeiros sete meses deste ano. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam um número acima das 71 mil mortes até julho. Um aumento de 2,5 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado.
O vírus não é sazonal e quanto mais circula pelo mundo mais facilmente se pode transformar.
"As últimas variantes que aconteceram e que justificaram o aumento de casos também em Portugal no começo do verão, sobretudo no período de junho e no início de julho, o que revelam é que nós precisamos de estar vacinados, sobretudo, as populações mais vulneráveis, e neste a população mais elegível é a população com mais de 60 anos", acrescenta o especialista em saúde pública.
A campanha de vacinação deve arrancar a partir de dia 15 de setembro.