Um estudo analisou o impacto da poluição atmosférica na saúde dos cidadãos canadianos. Os investigadores concluíram que mesmo uma pequena quantidade de poluição tem consequências negativas para a saúde.
Com base nos dados dos censos entre 1981 e 2016, o investigadores identificaram quem perto de 8.000 pessoas morreram no Canadá devido à poluição atmosférica. Mesmo nas áreas onde é registado um ar mais limpo - zonas onde os níveis de poluição correspondiam a metade dos limites designados pela Organização Mundial de Saúde e um quarto do objetivo estipulado para Inglaterra até 2040 - o impacto na saúde foi visível
Este estudo é um dos três que compõem o projeto financiado pela US Health Effects Institute. Além do Canadá, os investigadores analisaram o impacto da poluição atmosférica nos habitantes dos Estados Unidos e da Europa. Em ambos os estudos, as conclusões foram semelhantes.
“Estas descobertas sugerem importantes benefícios para a saúde que podem ser atingidos pela contínua redução da poluição atmosférica e normas reguladoras mais rígidas, incluindo em países como o Canadá e os Reino Unido”, afirma Michael Brauer, investigador na Universidade British Colúmbia e autor principal do estudo realizado no Canadá, citado pelo The Guardian.
O especialista sublinha que, uma vez que “não foram identificados níveis ‘seguros’ de poluição”, é importante “repensar a abordagem e o foco nas reduções contínuas ano após ano” em vez de ser fixada “limites de concentração que são apenas revistos a cada cinco ou 10 anos”.
Recentemente, uma revisão de estudos realizada no Reino Unido concluiu que a poluição atmosférica contribui para o desenvolvimento de demência. Também uma outra revisão sistemática, realizada nos Estados Unidos, mostra que indivíduos expostos a poluição atmosférica relacionada com o trânsito automóvel pode desenvolver asma.
A Europa e o Reino Unido comprometeram-se a reduzir os níveis de partículas de poluição existente na atmosférica. Portugal, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, “comprometeu-se a reduzir as suas emissões totais para o ar dos poluentes dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NOx), compostos orgânicos voláteis não metânicos (NMVOC), amoníaco (NH3) e partículas finas (PM2,5), ficando sujeito aos cumprimentos de tetos de emissão nacional para os mencionados poluentes para os anos de 2010, 2020 e 2030”.