Pelo menos 97.325 chegaram às ilhas gregas e 7.507 a Itália, revelam os números mais recentes da OIM.
"Atingimos este número em dois meses", disse um porta-voz da OIM, Itayi Viriri, sublinhando que, em 2015, a marca dos 100.000 só foi atingida em junho.
Das 413 pessoas que morreram durante a travessia, a maioria, 312, afogou-se na rota do Mediterrâneo oriental, entre a costa da Turquia e as ilhas gregas.
À Grécia chegaram, só em fevereiro, mais de 35.000 refugiados e migrantes, 48% dos quais oriundos da Síria, 25% do Afeganistão, 17% do Iraque, 3% do Irão e 2% do Paquistão.
Os restantes 5% provêm de Marrocos, Bangladesh e Somália, entre outros países.
Em Itália, em contrapartida, durante fevereiro "foram reportados vários dias sem chegadas, devido às duras condições do mar". Só num dia, segunda-feira passada, 940 pessoas foram resgatadas no Canal da Sicília.
A maioria dos migrantes que chega a Itália é proveniente de África -- Marrocos, Guiné-Conacri, Senegal, Gâmbia, Nigéria ou Somália, entre outros países.
"Continuamos a registar a chegada de muitos imigrantes vulneráveis, geralmente em más condições e que foram vítimas de violência por parte dos traficantes. Também há muitas mulheres vítimas de tráfico, uma tendência alarmante que já observávamos em 2015", explicou um porta-voz da OIM em Itália, Flavio Di Giacomo.