
Os cerca de 1.000 refugiados conseguiram contornar uma vedação colocada na fronteira entre a Macedónia e a Grécia depois de terem abandonado o acampamento de Idomeni, onde se concentram pelo menos 12.000 pessoas em condições muito precárias.
A Antiga república jugoslava da Macedónia (FYROM, designação oficial) e outros países da região decidiram bloquear o percurso em direção a norte ao longo da designada "rota dos Balcãs", e desde a passada segunda-feira que as autoridades de Skopje proíbem a passagem dos migrantes através de Idomeni.
Em simultâneo, cerca de 20 jornalistas que os acompanharam nesta marcha iniciada a meio do dia foram conduzidos pela polícia macedónia para uma esquadra em Gevgelixa, referiu um repórter da AFP que se encontra entre os detidos.
Após percorrerem uma zona rural e atravessado um rio com a ajuda de uma corda colocada entre as duas margens, os migrantes conseguiram alcançar e atravessar uma zona fronteiriça protegida com vedação de arame farpado erguida do lado macedónio, e dirigiram-se para uma zona perto da cidade de Moin.
O grupo, que incluía muitas crianças, foi entretanto cercado por forças militares, que travaram a sua marcha com o objetivo de fazê-los regressar à Grécia, enquanto os jornalistas e ativistas presentes eram interpelados pelas forças de segurança.
Alguns dos migrantes foram colocados em camiões miliares por solados, mas não foi confirmado qual o seu destino.
Esta foi a primeira vez que se registou um movimento desta amplitude desde o encerramento do posto fronteiriço de Idomeni. Em 29 de fevereiro, cerca de 300 manifestantes que tentavam forçar a passagem foram dispersos com gás lacrimogéneo lançado pelos agentes macedónios.
Atualmente encontram-se cerca de 12.000 migrantes concentrados em Idomeni e em condições definidas como extremamente precárias.
Lusa