O número de migrantes instalados n'"A Selva" aumentou fortemente nos últimos dois meses, estando em 6.901 em meados de agosto, em contraste com 4.486 em junho, segundo a câmara municipal de Pas-de-Calais.
Em outubro de 2015, a câmara tinha registado 6.000 migrantes. A população diminui em seguida, caindo para 3.500 na primavera deste ano, devido a uma série de medidas adotadas pelo Estado para fazer os migrantes abandonarem "A Selva".
O mais recente balanço oficial fica aquém da contagem efetuada por ativistas de associações, que deram conta, na semana passada, da presença de 9.106 pessoas no local.
Segundo essas associações, a atmosfera n'"A Selva" é "muito tensa", porque as estruturas abertas naquele espaço pelas organizações não-governamentais estão sobrelotadas.
De acordo com as mesmas fontes, este afluxo de migrantes está ligado a novas entradas na Europa via Itália e ao desmantelamento agora sistemático dos acampamentos informais parisienses, que obriga os migrantes a prosseguir viagem.
Os migrantes, originários tanto do Afeganistão como do Sudão ou do Iraque, chegam ao norte de França esperando, dali, poder atravessar o Canal da Mancha para alcançar o Reino Unido, visto como o eldorado.
Lusa