Este novo balanço faz com que o número total de vítimas mortais registadas no Mediterrâneo na última semana ascenda a 68 (bem como cerca de 30 desaparecidos).
Na terça-feira, o navio le Bourbon Argos (fretado pela MSF), socorreu 107 pessoas a bordo de uma canoa pneumática em dificuldades a 26 milhas náuticas da costa líbia, constatando que havia mortos - estimados na altura em 11 - a bordo, esmagados ou asfixiados no fundo da embarcação.
O Bourbon Argos partiu então em socorro de uma outra embarcação que estava nas proximidades, resgatando outras 139 pessoas. Quando voltou à primeira canoa, constatou que o número real de mortos era de 25, provavelmente asfixiados, queimados ou afogados numa mistura de combustível e água do mar.
A recuperação dos corpos levou horas, bem como a ajuda da tripulação de um navio da ONG alemã Sea-Watch, uma vez que "a mistura de água e combustível era de tal maneira forte" que as equipas de resgate não conseguiam ficar na canoa durante muito tempo.
"Foi horrível", relatou em comunicado Michele Telaro, o chefe de equipa a bordo do Bourbon Argos.
Na terça-feira foram recuperados outros dois corpos sem vida a bordo de canoas, indicaram elementos da Guarda-Costeira italiana, dando conta de cerca de 500 migrantes socorridos com vida.
Lusa