"O tema das migrações é dos poucos na política em que não se deve cometer um erro, porque nunca mais se poderá corrigi-lo", disse Orban na cidade sérvia de Nis, onde se reuniu com o seu homólogo da Sérvia, Aleksandar Vucic.
"Se em qualquer altura lhes ocorresse que a Hungria pode ser um país de destino para eles, no qual poderiam entrar sem controlo, de modo ilegal e sem limites, à procura de uma vida boa, nunca sairiam", assinalou.
Advertiu que a chegada em massa de imigrantes muda a vida de um país, adiantando: "Os nossos filhos e netos perguntar-nos-ão porque permitimos que mudem os nossos Estados, a Europa, a cultura, a composição étnica da Hungria, a forma de pensar e a segurança da Hungria, porque permitimos que a situação piorasse. E o que vamos responder?".
"Não devemos trazer para aqui os problemas devemos levar ajuda aos seus países e a Hungria fará todo o possível para que cada imigrante na Europa possa regressar à sua pátria", declarou Orban.
Reafirmou a sua rejeição da proposta da UE de repartir o contingente de refugiados entre os países membros, salientando: "queremos controlar a situação, as nossas vidas, não aceitamos os ditames de Bruxelas quando quer dizermos como devemos viver. Isso é inaceitável".
A Hungria construiu em 2015 uma vedação na fronteira com a Sérvia para impedir a passagem de migrantes, decisão seguida por outros países da designada "rota dos Balcãs".
Lusa
