Quatro operações de resgate distintas, coordenadas pela guarda costeira italiana, foram realizadas hoje no Mediterrâneo central, rota marítima entre o norte da Líbia e as costas italianas.
As vítimas mortais foram localizadas a bordo de duas embarcações pneumáticas.
No dispositivo envolvido nas operações de resgate participaram meios da Marinha militar, da guarda costeira italiana e dois rebocadores privados.
Itália recebe um elevado fluxo migratório proveniente das costas do norte de África, especialmente desde a Líbia.
Desde o princípio do ano, as costas italianas receberam um total de 179.525 migrantes, mais 19,33% do que em 2015 e mais 7,26% do que em 2014, de acordo com dados do Ministério do Interior italiano.
Muitas pessoas têm perdido a vida na travessia do Mediterrâneo central, que se tornou numa das rotas marítimas mais perigosas do mundo para os migrantes e refugiados.
De acordo com o último balanço da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Mediterrâneo viu passar pelas suas águas 357.249 pessoas, com destino à Europa, sobretudo a Grécia e Itália, mas alguns também a Espanha e Chipre.
O número de vítimas mortais continua igualmente a aumentar. Até 15 de dezembro, morreram ou estão desaparecidos 7.189 migrantes e refugiados nas várias rotas migratórias -- uma média de 20 por dia. Mais de metade destas vítimas (4.233) morreu no Mediterrâneo.
Lusa