A guarda costeira da Grécia resgatou na terça-feira 52 migrantes de uma embarcação encalhada numa ilha desabitada distante da costa continental grega e outros 37 de dois botes na ilha de Samos, revelaram as autoridades.
Uma embarcação privada avistou inicialmente o veleiro na pequena ilha de Falconera, localizada entre Milos e o Peloponeso, numa área conhecida por fortes correntes e mar agitado.
Os 52 migrantes foram depois resgatados pelas autoridades gregas e levados por navios da guarda costeira para o porto continental de Lavrio, a sudeste de Atenas.
Numa outra ocorrência, 19 pessoas foram resgatadas na terça-feira de um bote que perdeu o rumo a nordeste da ilha de Samos, no mar Egeu.
Outros 18 migrantes, numa outra embarcação, foram resgatados ao final do dia na mesma ilha.
A guarda costeira tinha revelado esta segunda-feira que 14 migrantes foram resgatados de um pequeno barco na ilha de Lesbos.
Em junho, um barco de pesca deteriorado e sobrelotado, com 750 pessoas a bordo, que tinha zarpado da Líbia, naufragou ao largo da costa de Pylos, na Grécia, tendo sobrevivido apenas 104 pessoas, num dos piores desastres migratórios no Mediterrâneo dos últimos anos que motivou críticas à atuação das autoridades gregas.
A Grécia relatou um aumento no número de pessoas que chegam ao país por via marítima nas últimas semanas.
Durante décadas, o país tem estado numa das rotas de migração preferidas para a União Europeia para pessoas que fogem de conflitos e da pobreza no Médio Oriente, África e Ásia.
Mas a Grécia está sob fortes críticas por o que organizações de direitos humanos consideram ser uma prática sistemática de realizar ilegal e clandestinamente deportações sumárias de recém-chegados à Turquia, sem permitir que solicitem asilo, embora o governo negue veementemente que realize tais deportações.
