As eleições legislativas antecipadas vão realizar-se a 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo PSD/CDS-PP, anunciou esta quinta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente do Chega, André Ventura, afirmou que "o mais alto responsável do Estado assumiu que a crise é derivada ao primeiro-ministro", que aquela frase "deve ficar na cabeça dos portugueses".
Ventura insiste que a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa foi "completamente diferente de todas as outras".
"Quem olhasse atentamente para as declarações do Presidente percebe que quis transmitir ao país que marcava eleições, que dissolvia o Parlamento, mas que a responsabilidade era do primeiro-ministro", afirmou.
O Presidente da República afirmou que "não havia meio caminho" nem consenso possível entre a posição do Governo e da oposição na atual crise, considerando que "não é possível confiar e desconfiar" ao mesmo tempo do primeiro-ministro.
Numa comunicação ao país a partir da Sala das Bicas no Palácio de Belém, em que anunciou a terceira dissolução da Assembleia da República nos seus mandatos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a crise sugeriu "inesperadamente" em fevereiro "com questões levantadas quanto ao Governo e a seguir ao primeiro-ministro".