Crise Política

AR vota propostas antes da dissolução: da extensão da licença parental às faltas justificadas para mulheres com endometriose

José Pedro Aguiar-Branco admite que cometeu erros durante o mandato, mas diz que se esforçou para dignificar a assembleia da república. A poucos dias da dissolução do Parlamento, os deputados votaram dezenas de propostas.

Assembleia da República em dia da votação da desagregação de uniões de freguesias
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A maratona até não foi das mais demoradas e três horas chegaram para analisar 55 páginas de votações. Houve ajustes de última hora num processo difícil de acompanhar.

Um dos projetos que fica pelo caminho é o alargamento da licença parental. A tentativa de acelerar foi travada com votos contra do PSD e CDS e a abstenção do Partido Socialista (PS).

Bloco de Esquerda (BE), PCP, Livre e PAN queriam declarar o lamento, mas as regras não permitiram.

Nesta democracia avança um novo regime de faltas justificadas para mulheres com endometriose e a possibilidade de adoção para famílias de acolhimento.

À beira da dissolução, o presidente da Assembleia da República reconheceu que nem tudo correu bem.

"Devo dizer que, não obstante as muitas dificuldades deste mandato, fiz sempre o esforço para dignificar a instituição, respeitar o sufrágio dos portugueses e garantir o debate democrático. Seguramente foram cometidos erros, é humano que isso aconteça, mas tenho a minha consciência tranquila quanto à seriedade do trabalho que me esforcei por desenvolver", disse José Pedro Aguiar-Branco.

Foram as últimas votações numa das legislaturas mais curtas da história.