
A cada revisão tem havido aumentos. E segundo as previsões das grandes instituições nacionais e internacionais, a economia portuguesa parece sorrir.
Esta sexta-feira, o Banco de Portugal fez uma forte revisão em alta do crescimento da economia portuguesa para 2,7% em 2023. Sendo que em março tinha apontado para uma expansão do Produto Interno Bruto português de 1,8% e em dezembro apostava em apenas 1,5%.
As restantes organizações seguem a mesma linha.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para um crescimento de 2,6%. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico aposta num crescimento do PIB na ordem dos 2,5%. E a Comissão Europeia lança o número mais baixo, uma expansão de 2,4%.
Ainda que com uma pequena diferença, o Banco de Portugal é agora o mais otimista nas previsões de crescimento da economia portuguesa.
E ultrapassa significativamente o número apontado pelo Governo no Programa de Estabilidade, divulgado em abril: era de 1,8%.
O Boletim Económico lançado pelo Banco de Portugal não só faz previsões para o presente ano, como para os dois seguintes. E essas previsões também foram revistas em alta.
Para 2024, a previsão do crescimento da economia portuguesa fixa-se nos 2,4% e para 2025 é de 2,3%. Em março, a previsão era de 2% para ambos os anos.
Portanto, o Banco de Portugal mostra-se satisfeito com o crescimento da economia portuguesa, com as exportações e o turismo a contribuírem para este avanço.
Esta semana o Instituto Nacional de Estatística confirmou que a inflação de maio foi de 4%, depois do pico de 10% alcançado em outubro do ano passado, a inflação tem estado a descer gradualmente, mês a mês.
E espera-se que continue a descer nos próximos dois anos.
Segundo o Banco de Portugal, a média anual de inflação em Portugal poderá fixar-se nos 5,2% em 2023, sendo que a média do ano passado foi de 8,1%, segundo o Eurostat.
O Boletim Económico ainda inclui, pela primeira vez, as projeções para as finanças públicas. Aponta para um défice orçamental de apenas 0,1% do PIB para este ano, abaixo dos 0,4% projetados pelo Governo. E para o próximo ano o Banco de Portugal já antevê um superávite orçamental.
As previsões parecem mesmo sorrir na economia do país, mas a inflação continua alta e o desemprego tem estado a subir o que torna este sorriso bastante mais tímido.