Economia dia a dia

Dicas essenciais para uma melhor reforma

Esta quinta-feira, na rubrica Economia dia a dia, falamos da melhor data para pedir a reforma. O dia do aniversário afinal importa nas contas? E se quiser adiar a idade de reforma, compensa nas contas finais? Juntamos algumas dicas essenciais

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Existem algumas dicas que pode seguir para que a sua reforma seja mais alta. No episódio de hoje, juntamos algumas para que, quando chegar a sua vez, tenha direito ao valor mais alto possível.

A data em que pede a pensão importa mais do que pode pensar.

Se já tomou a decisão de se aposentar, e não tem nos planos acumular bonificações, não espere pelo ano seguinte, faça-o antes do último dia de dezembro.

Isto por causa dos cálculos da Idade Normal da Reforma que podem sempre sofrer alterações, pois dependem da evolução da esperança média de vida. Desta forma, evita a possibilidade de ter de trabalhar mais ou receber menos meses.

O mesmo se aplica à segunda dica: não peça a pensão no mês em que faz anos.

Vamos explicar: na hora de calcular a idade da reforma, a Segurança Social subtrai sempre o mês em que faz anos, por isso acaba por compensar reformar-se só no mês seguinte.

Mas há mais a ter em conta no que toca ao calendário, já que o tempo de descontos não vale todo por igual. Vamos à próxima dica.

Se trabalhar três meses do ano, esse período não conta para o cálculo da bonificação da reforma. Mas se trabalhar cinco meses, conta como se tivesse trabalhado pelo ano inteiro. Isto porque são necessários pelo menos 120 dias de trabalho num ano para que esse ano seja contabilizado para efeitos de reforma. Por isso, acaba por compensar esperar até maio para pedir a reforma.

Mas atenção: o que ganhar é dividido por 14 meses para determinar a média das remunerações que servirão de base ao cálculo da pensão, por isso, faça as contas para ver se compensa em termos de valores.

A quarta dica é dirigida a quem quer continuar a trabalhar para lá da idade pessoal de reforma. Neste caso, tem dois caminhos: ou adia a hora da aposentação ou reforma-se e acumula a pensão com salário.

Adiar a reforma por mais de um ou dois anos pode acabar por não compensar, já que deixa de acumular bonificações.

No caso de se reformar e continuar a trabalhar por conta de outrem, acumula salário com pensão. A taxa social única sobre o salário é bem mais reduzida: 7,5% pelo trabalhador e 16,4% do lado da empresa. E, no final de cada ano, ao valor da sua pensão será acrescido de 2% sobre 1/14 da soma do salário anual.

Mas cada caso é um caso e deve fazer as contas para saber o que lhe compensa mais.

A última dica é direcionada a quem teve uma descida abrupta de salário no último terço ou quarto da carreira. Por exemplo, ao sair da empresa e optar por um trabalho por conta própria.

Há casos em que “mais vale ter poucos e bons anos do que muitos anos que acabam por arrastar a pensão para baixo”. Por isso faça as contas para saber se compensa descontar o seu novo salário.

As dicas foram dadas por Filomena Salgado Oliveira, da FSO Consultores, à jornalista do Expresso, Elisabete Miranda.