Numa semana que ficará certamente marcada pela derradeira reunião à qual o Banco Central Europeu não quer dar assim tanta importância, a Comissão Europeia fez uma revisão em baixa das previsões de crescimento económico para a zona euro e para a União Europeia.
Na Primavera o otimismo pairava, com uma revisão em alta.
Mas agora o cenário mudou.
Ora, o número que está agora em cima da mesa é 0,8%, tanto para o crescimento económico na zona euro, como nos 27 estados-membros da União Europeia.
Em maio os números eram de um crescimento de 1,1% na zona euro e 1% no conjunto dos 27.
Para 2024, os números também são menos otimistas.
Por outro lado, a previsão de inflação para este ano desceu. Na primavera falava-se em 6,7% e agora desceu para 6,5%.
Vamos às razões para a atividade económica estar, agora, mais fraca: a guerra na Ucrânia e todas as suas consequências, a diminuição do consumo e do ivestimento e a subida das taxas de juro por parte do BCE.
A Europa está agora de olhos postos em quinta-feira, 14 de setembro. A derradeira reunião que decidirá se as taxas de juro voltam ou não a subir.
Há países, entre os quais Portugal, que têm defendido uma pausa na escalada recorde de juros, mas o cenário ainda é incerto.
Fora de questão está um corte, avisou logo Christine Lagarde, a presidente do BCE.
E apesar de a possibilidade de uma pausa ser menor, o cenário não foi afastado. Isto porque ao contrário do esperado, a inflação, em metade das economias europeias, subiu em agosto, incluindo em Portugal
Aliás, o Governo português está a aguardar o resultado da reunião do BCE para pôr em prática um novo pacote de ajuda na habitação.
