
No início do ano assistimos a uma enorme e rápida vaga de despedimentos nas grandes tecnológicas internacionais.
Que foi justificada pela pandemia da covid-19. Isto porque as tecnológicas ganharam espaço no mercado, fruto da maior procura por serviços digitais, já que a grande maioria das pessoas não podia abandonar a sua casa.
Para responder a essa procura, foram muitas as empresas que contrataram e investiram mais. Mas com o fim dos confinamentos e a desaceleração da economia mundial, diversas multinacionais começaram a fazer ajustes nas suas estruturas de custos.
E esses ajustes têm resultado no despedimento de milhares de pessoas.
Nas plataformas de streaming a Netflix despediu centenas de funcionários no ano passado, e em 2023, foi a vez da Disney Plus que anunciou, em fevereiro deste ano, o despedimento de mais de 7000 trabalhadores. Justificou-o com a forte concorrência entre plataformas.
A Amazon, cortou um total de 18 mil empregos em janeiro deste ano e voltou a despedir em março mais 9000 profissionais.
E a Alphabet, dona da Google, também anunciou o despedimento de 12 mil trabalhadores.
Ainda empresas como a plataforma de música Spotify, a Meta ou a plataforma de criptoativos Crypto.com, anunciaram despedimentos coletivos este ano.
As últimas vagas de saídas anunciadas foram esta semana.
Na terça-feira a rede social profissional Linkedin, que faz parte do grupo Microsoft, anunciou um novo ajustamento do quadro de pessoal que deverá levar à saída de 668 pessoas, depois de ter cortado 716 postos de trabalho em maio.
Já a Nokia anunciou, esta quinta-feira, o despedimento entre 9 e 14 mil pessoas para redução de custos.
Ainda que os despedimentos nas grandes tecnológicas tenham continuado com o decorrer do ano, a fase mais acentuada parece ter ficado em 2022 e no início de 2023.
A mudança brusca de ciclo económico, com a forte inflação e a subida rápida das taxas de juro, despoletou fortes desvalorizações em Bolsa destas empresas tecnológicas.
Mas o ritmo de subidas de lucros, no segundo trimestre do ano, foi positivo, ainda que bastante tímido.
Os especialistas mostram-se otimistas para o futuro e parece que o avançar da inteligência artificial tem motivado os mercados.