Pelo menos cinco combatentes das Forças de Defesa de Nínive, uma milícia iraquiana que participa na ofensiva do exército iraquiano contra o EI, morreram enquanto tentavam recuperar a Academia de Polícia, localizada na zona norte da cidade.
A ofensiva governamental, que tinha sido suspensa devido às más condições climatéricas, foi relançada hoje em Mossul, onde os combates decorreram durante todo o dia.
O Comando das Operações para a Libertação da província de Nínive, cuja capital é Mossul, informou que quatro brigadas do exército iraquiano, acompanhadas pelos milicianos, conseguiram recuperar o bairro de Al Zaitun às primeiras horas do dia.
Não obstante, o EI ofereceu resistência e obrigou os soldados a recuar durante algumas horas, causando pelo menos cinco baixas entre os militares, que acabaram mesmo por recuperar o controlo da Academia de Polícia local já ao final do dia.
Noutras zonas da cidade de Mossul, os 'jihadistas' reagiram e lançaram ataques com morteiros contra os bairros de Al Zuhur (que está sob controlo governamental) e Al Qudis, que tinha sido recuperado pelas forças iraquianas em novembro mas que voltou a cair sob o comando do EI.
As forças iraquianas tiveram que se retirar de Al Qudis, devido às constantes ofensivas do EI nessa zona da cidade.
Nestes ataques morreram, pelo menos, nove civis, e outras 17 pessoas ficaram feridas, segundo fontes do Governo de Nínive, citadas pela agência espanhola de notícias EFE.
O cerco que os terroristas mantêm a este bairro impediu que as equipas de resgate pudessem entrar na zona para evacuar os feridos, revelou à EFE Husamaldín al Abar, membro do Conselho da província de Nínive.
Al Abar denunciou que "o grupo terrorista [EI] tem como objetivo atacar os civis dos bairros libertados, como castigo por apoiarem as forças iraquianas".
O EI conquistou Mossul e amplas partes da província de Nínive em 2014, convertendo a cidade como o seu principal bastião no território iraquiano, onde ainda controla alguns bairros na zona oriental e oeste, onde se encontra o aeroporto, um dos pontos estratégicos da cidade e que o exército iraquiano já tentou recuperar, sem êxito.
Lusa