O anúncio foi feito enquanto as forças iraquianas prosseguem a ofensiva para expulsar jihadistas de Mossul, a segunda cidade do Iraque.
"Os serviços de contra-terrorismo controlam a mesquita de Al-Nuri e [o minarete] Al-Hadba", indicou o comando de operações conjuntas iraquiano, em comunicado.
Um comandante das Forças Especiais iraquianas indicou, no entanto, em declarações à agência noticiosa France Presse que a ofensiva em redor da mesquita ainda estava a decorrer e que a zona ainda não estava controlada.
O general Abdelwahab al-Saadi precisou que as forças iraquianas estavam na zona e encontravam-se a poucos metros do local da mesquita.
Por sua vez, o canal de televisão estatal Iraqiya anunciou "a queda de um Estado fictício", numa referência em tom irónico ao nome atribuído pelo Daesh ao autoproclamado "Califado do Estado Islâmico", que abrange zonas no Iraque e na Síria.
Monumentos simbólicos destruídos pelo Daesh
A Grande Mesquita de Al-Nuri e o minarete foram destruídos no passado dia 21 de junho pelos jihadistas, que efetuaram explosões no local.
Situados na zona da cidade velha de Mossul, a mesquita de Al-Nuri e o minarete Al-Hadba eram monumentos emblemáticos daquela localidade.
Os dois locais também adquiriram uma importância particular após os extremistas do Daesh terem assumido o controlo de Mossul em 2014.
Foi nesta mesquita que, em julho de 2014, Abu Bakr al-Baghdadi surgiu aos seus seguidores após a tomada da segunda cidade do Iraque e pediu a obediência dos muçulmanos.
Após a conquista de Mossul foi no topo do minarete de Al-Hadba, cuja construção remota a 1172, que os jihadistas colocaram a bandeira negra do Daesh.
Civis utilizados como escudos humanos
Em Mossul, o último grande reduto urbano do Daesh no Iraque, o grupo extremista ainda controla um pequeno setor da cidade velha, uma zona de ruas estreitas onde ainda vivem muitos civis.
Estas condicionantes têm dificultado a progressão no terreno das forças iraquianas, com a ONU a estimar que cerca de 100 mil civis estão a ser utilizados como "escudos humanos" pelos jihadistas nesta zona da cidade velha de Mossul.