"O que há é uma tripla aliança que vai permitir que o PP continue a governar", disse o responsável do Podemos, que faz parte da aliança de movimentos de extrema-esquerda Unidos Podemos, depois de se ter reunido com o rei Felipe VI.
Para Pablo Iglesias, a esperada investidura de Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular, direita) trata-se "inequivocamente de uma investidura histórica".
Para Iglesias também é histórico que o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) se "una" ao PP para viabilizar o Governo deste último.
"Penso que a nós só nos resta ser oposição", resumiu Pablo Iglesias, acrescentando que o próximo executivo de direita vai ser "duradouro" e caraterizar-se pela continuação da "corrupção, ineficácia e imobilismo".
Nas eleições de 26 de junho, o PP foi o partido mais votado (33 por cento dos votos e 137 deputados), seguido pelo PSOE (22,7% e 85), Unidos Podemos (21,1% e 71) e Cidadãos (13,0% e 32).
Depois de uma primeira sessão falhada de investidura em setembro no parlamento, o Comité Federal dos socialistas decidiu no domingo que o partido deve votar "não" na primeira votação à investidura de Mariano Rajoy e abster-se na segunda.
A posição do PSOE viabiliza a formação de um novo executivo liderado por Mariano Rajoy depois de dez meses de impasse político.
O Congresso dos Deputados (parlamento) deverá reunir-se a partir de quarta-feira, esperando-se que uma primeira votação na quinta-feira chumbe a investidura do líder do PP que, no entanto, passaria na segunda votação, prevista para sábado, com a abstenção dos deputados socialistas.
O rei Felipe VI termina esta tarde uma ronda de consultas com todos os partidos com assento no parlamento para verificar se há condições para apresentar Rajoy como candidato à investidura.
Lusa