Eleições Legislativas

Ministro da Economia defende eleições “o mais rapidamente possível” para não comprometer metas do PRR

À RTP3, o ministro da Economia apelou a que, no caso de dissolução da Assembleia, fosse marcado o escrutínio para janeiro de forma a mitigar os efeitos na economia nacional.

Os compromissos assumidos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência até ao final do ano podem ser cumpridos, disse o ministro da Economia em declarações à RTP3 esta sexta-feira, mas admitiu que são necessárias eleições "o mais rapidamente possível".

"Nós precisamos de eleições o mais rapidamente possível", no caso para "superar esta incerteza que obviamente é um impacto negativo para a economia", acrescentou, dizendo haver uma "convicção generalizada" de que eleições "na primeira quinzena de janeiro, meados de janeiro" é o momento mais adequado para a "mitigação" dos efeitos da crise política na economia.

"Até ao final do ano estamos a trabalhar de acordo com o Orçamento que está em vigor e não teremos dificuldades com as metas a que nos propusemos", esclarece Pedro Siza Vieira.

"O PRR tem metas muito exigentes ao nível dos passos a dar por cada trimestre" e o governo está a fazer "todos os esforços" para "continuar a cumprir essas metas", independentemente de eleições no horizonte, disse, prevendo lançar os programas de descarbonização da indústria e de comércio digital ainda no quarto trimestre.

Deu igualmente como exemplo de medidas a tomar, a revisão do código de insolvências e recuperação de empresas, atualmente do lado da Assembleia da República, "que nos comprometemos a fazer aprovar rapidamente", apelando ao órgão legislativo que "pudesse considerar esta proposta de lei antes da sua dissolução".

"Mas o problema que se coloca é no primeiro trimestre do próximo ano, onde não podemos perder tempo", alegou.

Sobre o impacto que a crise política tem nas empresas atualmente na esfera do Estado, como a TAP e a Efacec, Siza diz apenas que o "Governo está em funções" e que se encontra "a fazer tudo o que está ao [seu] alcance para assegurar que não há prejuízo" para a economia nacional e para os trabalhadores dessas empresas.