Eleições Legislativas

Legislativas: Bloco de Esquerda quer continuar a ser a terceira força política 

"Uma garantia de que se vence a extrema-direita", afirma Catarina Martins.  

Catarina Martins em entrevista à Lusa
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A coordenadora do Bloco de Esquerda diz que se o partido continuar a ser a terceira força política pode evitar uma maioria de direita. Catarina Martins antecipa ainda que o PS vai tentar queimar pontes com a esquerda durante a campanha eleitoral.

BE quer continuar terceira força política para afastar maioria de direita

A coordenadora do BE considerou que é "muito importante" que o partido continue como terceira força política do país para afastar uma maioria de direita, mas um aumento da abstenção será uma derrota nas legislativas.

"É muito importante que o BE seja a terceira força política do país. O Bloco de Esquerda enquanto terceira força política é a garantia de uma exigência muito grande num programa de Governo que resolva os problemas do país", disse Catarina Martins, em entrevista à agência Lusa.

A dirigente bloquista sustentou que a manutenção enquanto terceira força política vai ser "uma garantia de que a maioria de direita será afastada e é também uma garantia de que se vence a extrema-direita" em Portugal.

BE antecipa PS a queimar pontes à esquerda e quer obrigar a "caminho negociado"

Catarina Martins antevê uma campanha eleitoral em que o PS tentará "queimar as pontes possíveis" com a esquerda, à procura de maioria absoluta, cenário que o BE quer impedir para obrigar os socialistas a um "caminho negociado".

"António Costa quer uma maioria absoluta e fará todo um discurso de campanha queimando pontes possíveis numa espécie de `eu sozinho sou uma boa solução´, resta saber se o país acha que isso é uma boa ideia", antecipou, em entrevista à agência Lusa.

Para a coordenadora nacional bloquista, independentemente de quem teve culpa pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022 - para o BE, foi o PS - continua a ser possível a construção de "maiorias parlamentares de esquerda" em que tudo vai depender "da relação de forças" resultantes dos votos dos portugueses.

"Independentemente da apreciação do momento da crise - [o PS] foi falso, foi precipitado nesta vontade de ter uma maioria absoluta - independentemente desse julgamento, toda a gente percebe em Portugal que a situação de impasse político e a situação de uma espécie de pântano na vida nacional, em que os problemas não são resolvidos, é uma situação que não pode continuar", considerou.

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