A sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e para o Expresso revela que a maioria dos portugueses considera que a economia e os serviços públicos de saúde pioraram e que a corrupção aumentou no último ano.
Apesar desta perspetiva pessimista, a sondagem mostra que a avaliação do desempenho do Governo melhorou em relação às últimas legislativas.
FICHA TÉCNICA
Este relatório baseia-se numa sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 20 de dezembro de 2021. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfK Metris. O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal Continental. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos), Instrução (3 grupos), Região (5 Regiões NUTII) e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais (5 grupos). A partir de uma matriz inicial de Região e Habitat, foram selecionados aleatoriamente 103 pontos de amostragem onde se iniciaram caminhos aleatórios para a seleção de domicílios onde foram realizadas as entrevistas, de acordo com as quotas acima referidas. A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI, e a intenção de voto recolhida recorrendo a simulação de voto em urna. Foram realizadas 3538 tentativas de contacto, das quais se apurou que 259 correspondiam a situação não elegíveis. Foram obtidas 901 entrevistas válidas (taxa de resposta de 27%, taxa de cooperação de 38%). O trabalho de campo foi realizado por 39 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo. Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação de acordo com a frequência de prática religiosa e a pertença a sindicatos ou associações profissionais dos cidadãos portugueses residentes no Continente com 18 ou mais anos, a partir dos dados da vaga mais recente do European Social Survey (Ronda 9). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 901 inquiridos é de +/- 3,3%, com um nível de confiança de 95%.