O debate entre Rui Rocha da Iniciativa Liberal (IL) e Rui Tavares do Livre acabou por expor as fragilidades do líder liberal, segundo os comentadores da SIC. Após duas prestações boas, Rui Rocha vacila contra a estreia do líder da papoila.
“Não me parece que o antecessor direto de Rui Rocha na IL, João Cotrim de Figueiredo, tivesse perdido este debate como Rui Rocha perdeu. Tinha outra capacidade de tocar nos eleitores da IL. Rui Rocha parece que decorou números e um programa que não foi ele que fez, Cotrim de Figueiredo tinha maior facilidade em representar o eleitorado e foi o que Rui Tavares fez, quando falou das famílias monoparentais, dos trabalhadores independentes, estava a tocar em realidades concretas de setores da sociedade”, realçou Sebastião Bugalho, comentador SIC.
Rita Tavares, do Observador, também concordou com a análise, aprofundando que houve alguns erros logo no início do debate que fragilizaram o líder da IL.
“Houve uma tentativa de Rui Rocha de fazer Rui Tavares muleta do PS, isso ainda se tentou quando diz diretamente que viabilizou o Orçamento do Estado de 2023. O OE já estava viabilizado, havia uma maioria absoluta e Rui Rocha não conseguiu continuar navegar nessa onda”, afirmou.
Paulo Baldaia ainda acrescentou que "Rui Tavares quer que a direita o ataque" e “tem o interesse que olhem para ele como alguém que pode ser uma esquerda que vai ajudar o PS”.
"Porque há um eleitorado que, o PS ao fugir para o centro, tem espaço para olhar para um pequeno partido que podem condicionar as políticas do PS", afirmou.
Por fim, Bernardo Ferrão ainda apontou que "Rui Tavares conseguiu expor um lado da IL pouco preocupado com as pessoas".