Os cenários de governabilidade marcaram, uma vez mais, os discursos desta segunda-feira, após o último debate entre os partidos com assento parlamentar, que só não contou com André Ventura. Para Mariana Mortágua, a resposta é óbvia e não é novidade: maioria só existe à Esquerda e precisa do Bloco para “impor políticos que de outra forma não será possível”.
“O que importa é que o país tenha uma maioria que garanta estabilidade. Essa maioria só existe se for à Esquerda e só é transformadora se o Bloco de Esquerda (BE) tiver força nesse maioria, se for determinante para impor politicas que de outra forma o país não vai conhecer”, afirmou Mortágua, referindo-se à “limitação dos juros do crédito à habitação” e ao “teto às rendas”.
“Queremos falar de propostas”
Mariana Mortágua frisou que, apesar das questões de governabilidade, a campanha eleitoral do partido será feita de temas, pois o voto no BE tem o propósito de “desbloquear os problemas que fazem a vida em Portugal tão difícil”.
Nesse sentido, o Serviço Nacional de Saúde, a habitação e os salários são temas prioritários, mas também a educação e a migração.
“Ontem falámos sobre saúde familiar, falaremos hoje sobre trabalho e precariedade, e amanhã sobre educação e acolhimento de migrantes. Queremos que a campanha seja sobre propostas (..) e não uma campanha que corra o risco de explorar todos os cenários possíveis, mas não discutir aquilo que era essencial, que é como tornar melhor a vida de quem vive em Portugal a partir do dia 10 de março”, atirou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
As eleições legislativas estão marcadas para 10 de março, mas há a possibilidade de votar em mobilidade já no dia 3 - a inscrição para o voto antecipado está aberta até quinta-feira.