Em Lisboa, após o debate das rádios para as eleições legislativas, Mariana Mortágua juntou-se a uma manifestação de trabalhadores de 'callcenters'. A coordenadora do Bloco de Esquerda disse que a legislação laboral vai ser condição para um eventual novo acordo com o PS.
A luta dos trabalhadores de 'callcenters' viria servir a dois líderes. Em sete minutos, sai a CDU de cena. Fica o palco aquecido para o Bloco de Esquerda.
"Foi uma absoluta coincidência. Acho normal que os partidos de esquerda, que querem melhores salários, se juntem aos trabalhadores", afirma a líder bloquista.
Parece tudo casual, mas quando aqui chegou, já Mariana Mortágua tinha ouvido outra voz de esquerda afinada no debate das rádios.
Questionada sobre Pedro Nuno Santos ter admitido publicamente assinar um acordo escrito para a legislatura, a coordenadora do Bloco de Esquerda refere:
"Não há acordo que não seja escrito. Ouvimo-lo hoje pela primeira vez da boca do secretário-geral do Partido Socialista (...)".
Mariana Mortágua dirige-se aos jovens e considera que a manifestação desta segunda-feira é "histórica". A maioria dos 14 mil trabalhadores da Teleperformance são jovens.
"A vossa luta é a luta por um país melhor. Continuem, continuem que eles vão ceder".