Eleições Legislativas

Ataque com tinta contra Montenegro foi "cena lamentável", diz Albuquerque

O presidente do PSD Madeira considera que estes episódios, como o de esta quarta-feira com Luís Montenegro, retiram credibilidade ao movimento climático.

Ataque com tinta contra Montenegro foi "cena lamentável", diz Albuquerque
ANDRE KOSTERS

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, considerou esta quarta-feira lamentáveis os ataques com tinta dos ativistas climáticos, afirmando que retiram credibilidade ao movimento.

"Eu acho lamentáveis estas cenas [...] um pouco folclóricas, porque fazem com que o próprio movimento de defesa dos ecossistemas, do ambiente, das alterações climáticas, perca credibilidade", considerou Miguel Albuquerque.

O presidente do PSD/Madeira, que falava aos jornalistas depois de ter formalizado a sua candidatura à presidência da estrutura regional do partido, acrescentou que estas questões "devem ser discutidas do ponto de vista político e do ponto de vista científico".

"Eu acho que a melhor forma de fazer face a estes grandes desafios que a humanidade tem pela frente é a através da ciência, da razão, da discussão das ideias e da investigação, não é através destas manifestações folclóricas que são, do meu ponto de vista, atentatórias da dignidade das pessoas e nada trás de bom para o debate democrático", salientou.

Questionado, por outro lado, se o facto de Luís Montenegro marcar presença na Madeira no âmbito da campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março deve-se à crise política instalada na região, Miguel Albuquerque disse que não.

"Não, acho que não vem à Madeira por que não necessita de vir à Madeira e tem uma agenda política pré-determinada", declarou.

O presidente do PSD/Madeira considerou também que a ausência de Luís Montenegro na Madeira não tem a ver com divergência de opiniões entre o líder nacional e o líder regional.

Na sexta-feira, Luís Montenegro disse que no lugar de Albuquerque "talvez tivesse uma decisão diferente", enquanto o presidente demissionário do Governo Regional, no dia seguinte, reagiu dizendo que "esse é problema dele" e que faz o que entender.