Eleições Legislativas

Sondagens: Rui Rocha pede "maioria clara" à direita, PAN pede "cautela"

O líder da Iniciativa Liberal perdeu a timidez e pediu, esta quinta-feira, uma maioria ainda mais expressiva à direita para que seja possível um Governo sem Chega mas com a Aliança Democrática. Inês Sousa Real expressou o seu desejo de voltar a ter um grupo parlamentar e Mariana Mortágua desvalorizou as sondagens, mais uma vez.

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O líder da Iniciativa Liberal pediu uma maioria clara à direita. Rui Rocha disse ainda que as sondagens mostram um crescimento dos liberais. Já o PAN disse que o regresso de um grupo parlamentar previsto em algumas sondagens daria força às causas do partido.

Rui Rocha foi questionado pelos jornalistas sobre sondagens no quinto dia da campanha eleitoral. O sorriso do liberal é difícil de esconder.

"Nós não interpretamos caso a caso, interpretamos a tendência, e a que se está a afirmar é o crescimento da IL relativamente à eleição de há dois anos. Está-se a afirmar uma mudança de ciclo no país, creio que está na altura de pedir a maioria clara para essa mudança que está a ser afirmada nas diferentes sondagens, estou a pedir uma maioria clara que permita mudar o país e um voto firme na IL", declarou Rui Rocha.

Com cautela

Já o Pessoas Animais e Natureza, olha para os resultados das intenções de voto com mais cautela, mas Inês Sousa Real preferiu destacar os números que estimam mais de um deputado na Assembleia da República.

"Nós olhamos sempre com cautela para as sondagens, respeitamos sempre o que é a opinião das pessoas, mas acima de tudo o regresso de um grupo parlamentar do PAN na Assembleia da República permite-nos ter mais força para as causas que representamos, o PAN é a única força política que traz a proteção do ambiente e animal", disse a líder.

Em 2019, o PAN conseguiu eleger quatro deputados à Assembleia da República, André Silva, ex-líder do partido, Bebiana Cunha, Inês Sousa Real - atual porta-voz - e Cristina Rodrigues que, hoje em dia, está do lado de lá da bancada e integra os quadros do Chega.

Sondagens? É na rua

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Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, também descartou os mais recentes resultados das sondagens e refere que a verdadeira sondagem é feita na rua, com as pessoas.

Defendeu, ainda, que o partido é o único com soluções para a crise na habitação.

“Ninguém que vote em Portugal vota a olhar para as sondagens. Toda a gente viu o que aconteceu nas ultimas eleições. As pessoas reconhecem o trabalho do Bloco para combater a crise da habitação, para baixar o preço das casas, a forma como dissemos ao país esta é a prioridade”, referiu a líder bloquista.

Mortágua acrescentou que “toda a gente tem direito a uma casa e pagar uma casa com o seu salário”, sendo essa a única sondagem que conta.

“É aquela [sondagem] das pessoas na rua, que nos encontram e sabem as nossas posições para resolver a crise na habitação e é por isso que estamos a crescer e vamos vencer no dia 10, para ter em Portugal uma solução para habitação que só existe se o Bloco de Esquerda tiver força”, concluiu.

Nova sondagem

A AD e o PS caem dois pontos percentuais numa nova sondagem da Universidade Católica para o Público, RTP e Antena 1, enquanto o Chega sobe um ponto percentual. Os indecisos também crescem.

Na intenção de voto direta, isto é, sem a distribuição de votos dos indecisos, a coligação liderada por Luís Montenegro cai de 27% para 25%. O PS de Pedro Nuno Santos segue a mesma trajetória, descendo de 22% para 20% nas intenções de voto.

Em sentido contrário, o Chega sobe um ponto percentual, de 13% para 14%, assim como o Livre e a CDU, que sobem de 2% para 3% e de 1% para 2%, respetivamente. Sem alterações, ficam a IL (4%), o BE (3%) e o PAN (1%).

Já os indecisos sobem de 17% para 20%, com 84% dos inquiridos a dizer que “de certeza vai votar”.